MRN é signatária de Projeto de Descarbonização do setor mineral

Comprometida com o desenvolvimento sustentável, a iniciativa reúne os principais players da mineração no Brasil

Por Conexão Mineral 03/11/2023 - 18:53 hs
Foto: Divulgação MRN
MRN é signatária de Projeto de Descarbonização do setor mineral
MRN é signatária de Projeto de Descarbonização do setor mineral

A demanda por energia renovável é cada vez maior no mundo e as atividades produtivas têm desempenhado um papel de liderança na busca por soluções capazes de impulsionar a transição energética e a redução das emissões de gases poluentes. Por este motivo, a sede do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Brasília, foi palco, no dia 26/10, de um evento crucial para o futuro da indústria mineral. Com o propósito de identificar as oportunidades de redução de gases do efeito estufa nos processos industriais e o incentivo à transição energética, representantes da mineração assinaram um projeto pioneiro de descarbonização das atividades do setor.

A iniciativa é promovida pelos principais players de mineração do país, incluindo a Mineração Rio do Norte (MRN), juntamente com o IBRAM e o Mining Hub, primeiro hub de inovação aberta do setor de mineração do mundo, em parceria com o governo britânico. O evento contou com a presença de autoridades dos ministérios do Meio Ambiente, Minas e Energia, Relações Exteriores e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além da Embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq.

O Projeto de Descarbonização do setor mineral busca identificar oportunidades para reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos processos industriais e criar um plano de ação para uma transição energética eficaz e coletiva. A MRN será uma das integrantes da iniciativa, que começará com um estudo setorial completo para entender a lógica do consumo das indústrias e a criação de um Plano Diretor para a descarbonização do setor mineral. Envolvendo não somente as mineradoras, mas também governos de estados e municipalidades, as intuições acadêmicas e de pesquisa, representantes dos mercados e indústrias do entorno, além da sociedade civil em si.

O Diretor de Implantação da MRN, Leonardo Oliveira de Paiva, enfatizou que a assinatura do projeto reforça o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a Agenda ESG (Environmental, Social and Governance ou Sustentabilidade Ambiental, Social e de Governança Corporativa, em tradução livre). "Nós, que estamos sediados na Amazônia, estamos empenhados em liderar a transformação para uma indústria de mineração cada vez mais sustentável. É um compromisso diário que temos com o meio ambiente e com as pessoas. Nosso mapeamento de emissões de gases do efeito estufa é uma parte crucial desse compromisso. Acreditamos que é responsabilidade das empresas líderes do setor impulsionar a mudança e promover um futuro mais limpo e seguro", comentou.

Para a MRN, a sustentabilidade das operações é inegociável. “Estamos trabalhando para descarbonizar as nossas atividades em um futuro próximo. O Projeto de Descarbonização vai incluir análise de condições do mercado, cenários para a transição de energia de mineração e maior investimento em inovação. Esperamos ter um modelo financeiro e de negócios que garanta uma mineração sem perdas na exploração da bauxita e com um projeto sustentável em nossos empreendimentos”, completou o executivo.

Compromisso com a Descarbonização

A emissão de GEE sempre foi controlada e monitorada pela empresa, que busca constantemente novas alternativas que promovam sua redução em todas as operações. Por meio de inventários anuais, são avaliados os impactos dessas iniciativas em diversos parâmetros e as informações publicadas na plataforma GHG Protocol, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que em 2022 concedeu à empresa, pela quarta vez, a certificação na categoria Selo Ouro.

Além disso, a MRN possui uma série de objetivos para atingir a redução das emissões de GEE, como a construção de uma linha de transmissão que irá conectar a MRN ao SIN – Sistema Interligado Nacional, dentre outros projetos de pesquisa e desenvolvimento para suas operações em Porto Trombetas.

Estrutura do projeto

Além da MRN e demais players que atuam com a mineração no país, o Projeto de Descarbonização conta com a participação da Catapult Energy Systems, empresa reconhecida internacionalmente como uma impulsionadora da transição para uma matriz energética mais limpa, o IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração e o Mining Hub, hub de inovação aberta do setor que reúne os maiores players do mercado nacional de mineração e, com o objetivo de buscar soluções de forma integrada para desafios comuns ao setor, integrando mineradoras, fornecedores, startups, pesquisadores e investidores. A entidade conta com 38 empresas associadas, sendo 22 mineradoras e 16 fornecedores. A governança do núcleo é gerida por um representante da diretoria do IBRAM e três líderes representantes de mineradoras, incluindo a MRN.

O gestor do escritório de projetos da MRN e representante da empresa no Conselho Diretor do Mining Hub, Gustavo Lage, destaca o projeto como crucial para o setor de mineração. “O grande ato deste projeto é pensar a transição energética para a mineração como um todo e no longo prazo mirando o período de 2030 a 2050. Estamos pensando não apenas na MRN, mas no Brasil e no legado que a mineração pode deixar a seu entorno impulsionado pelo projeto de descarbonização, que estimulará novos atores da chamada economia verde. É sabido que a mineração terá papel fundamental na transição energética como provedoras dos metais para baterias e outros componentes de transmissão e eletrônicos. No entanto, e mesmo não sendo o setor que mais emite o GEE, assumimos através dessa iniciativa coletiva inédita, o protagonismo de figurarmos como sendo um dos setores nacionais de referência para adoção de uma visão e de práticas compartilhadas efetivas para a descarbonização”, detalha. “Serão necessários múltiplos esforços e soluções inovadoras para abordar as principais fontes de emissões e descarbonizar, tais como um movimento em direção a fontes sustentáveis, combustíveis e sistemas de transmissão mais eficientes, bem como uma mudança para outras opções de processos sustentáveis, tudo em busca do, agora, objetivo coletivo do setor de reduzir as emissões e chegar ao NetZeto mining”, afirmou.